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Introdução

 

 

A Beterraba

 

"A beterraba, nome científico – (Beta vulgaris L.), é uma planta herbácea da família das Quenopodiaceae, com origem na Costa do Mediterrâneo e Oeste da Ásia. Na Roma Antiga, suas folhas e raízes eram consumidas.[1]

A beterraba apresenta em sua composição vitaminas: A, de complexo B e vitamina C, também são encontrados sais minerais, como o sódio, potássio, zinco, magnésio e ferro, o que acaba por proporcionar aos seres humanos benefícios para a saúde, nomeadamente redução da pressão arterial, diminuição de dores musculares após a prática de exercícios físicos, melhor raciocínio, combate à anemia férrica, e, devido à sua propriedade diurética, um melhoramento do sistema digestivo.

Quanto à composição química da raíz da beterraba encontramos: fitosterol, betaína, leucina, tirosina, betacianina, betaxantina e betacaroteno. Dentre estes compostos, são responsáveis pela coloração deste legume a betacianina (responsável pela coloração roxa) e a betaxantina (responsável pela coloração amarela.

 

Betalaínas presentes na Raíz da Beterraba

 

As betalaínas são compostos N-heterocíclicos solúveis em água, existentes sob a forma de sais nos vacúolos das plantas.

As betalaínas são divididas em dois grupos estruturais: as betacianinas (que possuem uma tonalidade que vai de vermelho a vermelho violeta) e as betaxantinas (com tonalidade amarela).

A diferença na estrutura entre as betacianinas e as betaxantinas está em que as primeiras possuem um grupo glicosídio e a segunda um grupo indol.

Atualmente foram identificados na natureza 50 tipos de betacianinas e 20 grupos de betaxantinas. A beterraba contém ambos os compostos com 75-95% de betacianina (betanina) e aproximadamente 95% de betaxantina (vulgaxantina I). Na a seguir encontram-se as estruturas correspondentes à betanina e à vulgaxantina, ambas encontradas na raíz da beterraba.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fórmula estrutural da Betanina e Vulgaxantina [2]

 

Os extratos de beterraba utilizados como indicadores biológicos, apresentam diferente coloração quando em meio ácido ou básico, este comportamento deve-se à isomerização da betanina em função do pH do meio em que se encontra.

 

 

Extrato de beterraba como indicador

 

Os indicadores ácido-base são substâncias orgânicas fracamente ácidas ou fracamente básicas, que apresentam uma mudança visível de cor em uma estreita e definida gama de pH, para as suas formas protonadas e desprotonadas.

Os indicadores são frequentemente utilizados em titulações ácido-base para a detecção do ponto final da titulação.

As betalaínas, presentes na raíz da beterraba, são as responsáveis pela mudança de coloração das soluções em que foram adicionadas como indicador.

Os extratos de beterraba utilizados como indicadores biológicos, apresentam diferente coloração quando em meio ácido ou básico, este comportamento deve-se à isomerização da betanina em função do pH do meio em que se encontra, tal como é mostrado na figura a seguir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conversão da betanina em função do pH [3]

 

 

 

 

Referências

[1] Nascimento, M. N. & Correia, A. S. & Santo, C. (2009). As propriedades físico-químicas da beterraba e seus benefícios. Acedido Maio 13, 2014 disponível em http://www.ebah.com.br/content/ABAAABv0EAD/as-propriedades-fisico-quimicas-beterraba-seus-beneficios?part=3

 

[2] Marañón-Ruiz, V. F. & Rizo de la Torre, L. del C. (2011). Caracterización de las propriedades ópticas de Betacianinas y Betaxantinas por espectroscopia Uv- Vis y barrido en Z. Superficies y Vacio, 24 (4), 113-120. Acedido Maio 13, 2014 disponível em http://www.scielo.org.mx/pdf/sv/v24n4/v24n4a2.pdf

 

[3] Cuchinski, A. S. & Caetano, J. & Dragunski, D. C. ( 2010). Extração do corante da beterraba (beta vulgaris) para utilização como indicador ácido-base. Eclética química, 35 (4), 17-23. Acedido Maio 14, 2014 disponível em http://www.scielo.br/pdf/eq/v35n4/02.pdf

 

 

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